segunda-feira, 2 de março de 2015

A gestão da equipa

Na época passada, o Leonardo Jardim pegou nos cacos que lhe tinha deixado e construiu uma equipa. Inventou jogadores, como o William Carvalho, ensinou a equipa a defender (de repente, o Maurício e o Rojo pareciam muito melhores do que eram) e cultivou o cinismo.

Por muito bem arranjadinha que a equipa estivesse, o plantel era curto. O abaixamento de forma de um ou outro jogador e os castigos deixavam-nos à beira do inconseguimento, como diria a nossa Presidente da Assembleia da República. À falta de melhor, até o Magrão e o Vítor entravam nas contas.

O Leonardo Jardim foi-se embora e deixou-nos um onze base formado. O Marco Silva, que não tem nada de estúpido, aproveitou. Entretanto, fizeram-se umas tantas contratações de qualidade duvidosa. A maior parte, eram mais jovens promessas do que jogadores feitos. As alternativas ao onze base não continuavam a ser muitas. Pelo caminho, o centro da defesa desfez-se e foi preciso inventar outro.

Com o Marco Silva a equipa joga melhor, mas desgasta-se mais. A este desgaste, resultante do modelo de jogo adotado, junta-se o que resulta da participação nas competições europeias e de uma participação na Taça de Portugal mais bem-sucedida. Impunha-se ir encontrando alternativas ao onze base para gerir melhor os momentos de forma e os castigos.

É verdade que as contratações não foram um primor. Não existem alternativas aos magotes. Mas há algumas: o Wallyson, o Gauld, o Geraldes, o Tanaka, o Miguel Lopes (pior que o Jonathan não faria de certeza absoluta), o André Martins. O Marco Silva não tem grandes alternativas, não tem jogadores para um plano B. Mas tem algumas, que permitiriam gerir melhor a equipa.

7 comentários:

  1. "o Wallyson, o Gauld, o Geraldes, o Tanaka, o Miguel Lopes (pior que o Jonathan não faria de certeza absoluta), o André Martins"

    Isso são alternativas? Quando muito é troca por troca. Por essa lógica também o Riquicho é uma "alternativa" ao Paulo Oliveira. Isso não é uma análise, é uma "reza" meu caro.

    Acho que se está a perder de vista o clube que é o Sporting Clube de Portugal, depois não se admirem com a distância para os plantéis dos rivais. Que o Bruno de Carvalho e o seu clube de fãs se queiram limpar é uma coisa, mas dos sócios espera-se um pouco de memória e cultura exigência, senão qualquer dia nem jogadores da bola vemos com a verde e branca vestida.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Meu caro,

      Não percebeu o que escrevi. O que digo é que uma maior rotação dá descanso aos jogadores. Pagámos neste jogo e noutros a falta de descanso.

      A diferença para os nossos rivais tem que ver sobretudo com os barris de petróleo que têm encontrado nos seus estádios. Mesmo com a atual baixa do petróleo continua a dar. Quando não dá, há sempre uma rapaziada que se encarrega de resolver o que as equipas não resolvem em campo.

      SL

      Eliminar
    2. Uma maior rotação dá descanso aos titulares, mas quando os suplentes são bem inferiores aos titulares (o que é o nosso caso), o rendimento da equipa oscila muito. Além disso, o melhor 11 do Sporting nem é nada do outro mundo. Basta ver a dificuldade que tem para vencer jogos contra equipas bem organizadas. Contam-se pelos dedos de uma mão os jogos "fáceis" que o Sporting teve esta época, a maioria dos quais até foram fora de casa.

      Eliminar
  2. "...depois não se admirem com a distância para os plantéis dos rivais..."

    Citando de cor o grande Marcellus Wallace:
    See, this business is filled to the brim with unrealistic motherfuckers.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se bem me lembro, o Marcellus Wallace que conheço não acabou numa posição muito confortável. Não percebo o comentário.

      Eliminar
  3. o meu comentário incide sobre a frase copiada do comentário do "Jordão"...

    ResponderEliminar