quarta-feira, 28 de junho de 2017

Agora apague tudo …

Ontem escrevi este “post” por duas razões: estava à espera de um amigo meu para ir almoçar que nunca mais aparecia e, no dia anterior, tinha visto e ouvido uma intervenção sobre este tema do Pedro Adão e Silva (PAS). O PAS é um dos meus comentadores políticos preferidos. Ouço e leio-o com atenção. Tem uma enorme capacidade de racionalizar e, desta forma, dar um sentido à política e à atividade política.

Na política este esforço de racionalização da vida pública é meritório. No futebol, não há racionalização possível. As coisas são estúpidas e a única explicação para as coisas estúpidas é estupidez dos intervenientes. A estupidez não se explica, mas é perigosa. De repente, estamos embrulhados com os estúpidos sem nos darmos conta. Um estúpido é um perigo para o bem-estar social, prejudica-se a si e aos outros, como nos demonstra Carlo M. Cipolla.

Vi e ouvi o PAS num programa da SporTv num debate com um representante do Sporting (Luís Marques). Sobre o tema dos emails, procurou encontrar uma lógica para isto tudo. Num registo sério, de quem está a tratar um assunto sério, acabou a acrescentar boatos do Benfica aos boatos do Porto e a fazer juízos de intenção (só faltou concluir com o “vocês sabem do que estou a falar”). O representante do Sporting foi um pouco mais lacónico e praticamente passou à frente.

Com uns minutos disponíveis e lembrando-me da intervenção do PAS, procurei escrever um “post” a explicar a dimensão da estupidez e a afirmar que o futebol português não é um assunto sério nem para levar a sério. Depois de escrever o “post”, enviei o “link” a um colega meu benfiquista, que está sempre bem disposto e mantém, comigo, uma relação de amizade e estima (recíproca).

Pensei que ia achar graça ao “post” como a outras coisas escritas por mim. Pelo contrário, respondeu-me um pouco amuado. Procurei de imediato pedir-lhe desculpa. Mesmo assim, não resisti a mandar-lhe um email a fazer o juramento encartilhado: que não sabia de que emails se tratava, mas que eram falsos; que não significavam nada e muito menos crime algum; que o apito dourado é que era e é que é; que só fala disto quem não ganha nada. Esqueci-me foi de lhe dizer: “agora apague tudo…”


(Por isto e pelos comentários ao “post”, percebemos que não podemos falar destas coisas com os benfiquistas)

14 comentários:

  1. É tão verdade. Nas conversas que tenho tido andam sempre em 'loop, isto não é nada, o apito dourado é que foi; crime? Que estás a dizer, qualquer um podia ter escrito aqueles e-mails, onde está a prova? ; e quê, grave foi o apito dourado...

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  2. Um processo de intenções, sem qualquer substrato criminal, com o objetivo de sujar o nome do Benfica. No processo dos vouchers quem foi humilhado foi o SCP, que irá levar com um processo crime por difamação e calúnia com um pedido de elevada indemnização, o que fica sempre bem.

    Isto sim é corrupção e tráfico de influências.

    "Em 14 de julho e 10 de agosto de 2011, o arguido Carlos Silva solicitou, via 'email', à arguida Virgínia Freitas, a pesquisa de todas as informações disponíveis na AT sobre os indivíduos identificados, num total de 196 árbitros de futebol, nomeadamente o número de identificação fiscal, número de identificação bancária, rendimentos, titularidade de bens móveis e imóveis e identificação do cônjuge, o que veio a acontecer", sustenta o MP.

    A arguida "entregou o resultado das pesquisas contendo os dados ao arguido Carlos Silva" que as levou ao funcionário da Primuslex, e este a Pereira Cristóvão.

    O Ministério Público acusou o vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão de CORRUPÇÃO ACTIVA, por obtenção de dados sigilosos, nomeadamente de 196 árbitros de futebol.

    Na acusação do Ministério Público (MP), constam mais 12 arguidos que obtinham, através dos mesmos funcionários de uma repartição de finanças de Lisboa, elementos pessoais, patrimoniais, bancários e fiscais, a troco de dinheiro.

    Quanto a Pereira Cristóvão, o MP indica que, em 2011, além de dirigente desportivo, era sócio-gerente da Primuslex - criada em 2006 - e geria a RightExpert Unipessoal - constituída em 2011 por um funcionário da Primuslex a mando de Pereira Cristóvão.

    Em 2008, Pereira Cristóvão conheceu Carlos Silva, que foi inspetor tributário até 2010, ano em que se aposentou. Segundo o MP, este arguido acedeu à base de dados da Autoridade Tributária (AT) e forneceu elementos "de natureza pessoal/familiar, patrimonial e bancária de várias pessoas visadas" na atividade de Pereira Cristóvão, "a troco de remuneração".

    O inspetor tributário passou a pedir à arguida Virgínia Freitas, para "que procedesse às pesquisas" para obtenção das informações solicitadas por Pereira Cristóvão.

    O MP explica que, "para a efetivação desta troca de favores", pedia a um dos seus funcionários para se encontrar com Carlos Silva e entregar um envelope com os nomes a pesquisar.
    "Estes encontros ocorreram pelo menos em oito situações distintas", entre junho e novembro de 2011, refere a acusação, que revela contrapartidas entre os 200 e os 575 euros.
    Pereira Cristóvão foi vice-presidente do Sporting entre março de 2011 e junho de 2012.

    Na posse dos dois ficheiros, a 14/7 e a 10/8, Pereira Cristóvão ordenou à secretária que pedisse a um dos funcionários para entregar aquelas listas Excel ao arguido Carlos Silva.
    "Em 14/7 e 10/8 de 2011, o arguido Carlos Silva solicitou, via 'email', à arguida Virgínia Freitas, a pesquisa de todas as informações disponíveis na AT sobre os indivíduos identificados nas listas, num total de 196 árbitros de futebol, nomeadamente o número de identificação fiscal, número de identificação bancária, rendimentos, titularidade de bens móveis e imóveis e identificação do cônjuge, o que veio a acontecer", sustenta o MP.

    A arguida "entregou o resultado das pesquisas (contendo dados de 182 árbitros) ao arguido Carlos Silva" que as levou ao funcionário da Primuslex, e este até Pereira Cristóvão."



    PPC VICE-PRESIDENTE do Sporting, VINCULA este segundo o artº 65 do CÓDIGO a CORRUPÇÂO ACTIVA, como se pode ver acima.

    Contrapartidas a troco de remunerações, trocas de favores, pagamentos em dinheiro, vantagens desportivas. Para quem? Para PPC? Era jogador de futebol? Fazia coleção de listas de árbitros?

    Porque razão o SCP ainda não foi julgado na JUSTIÇA DESPORTIVA??? Como implica o art 65º do código??

    Haverá corrupção e/ou tráfico de influências para abafarem o caso no CD da Liga por parte dos lagartos? E no CJ da FPF?
    EXIGIMOS SABER!!!!!!!

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    1. Que palhacinho. Se o Sporting mandasse era Tetra campeão, ó Abécula. Como bem sabes, isso não é assim

      Vocês, lampiolhos, são todos iguais... expôem-vos as maroscas e gritam logo "Paulo Pereira Cristóvao!"

      Como se uma coisa justificasse a outra. Vocês estão há 15 anos com o presidente dos vouchers, porta 18, cartilha, e-mails, "tu decides bem", sms, enfim... Só mesmo um lampiãozinho para vir aqui discorrer caracteres a tentar virar o bico ao prego!

      Vocês são a VERGONHA deste país. Até lá for a já sabem de tudo. Tem alguma dignididade e desaparece.

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    2. Fazes a festa, deitas os foguetes e vais apanhar as canas.
      Pereira Cristóvão foi julgado e condenado;
      o Sporting desde cedo foi considerado à margem da acção de PPC;
      PPC foi expulso de sócio, em AG.

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    3. Mais um troll do copy e paste, deixem-no colar, infeliz, é para isso que lhe pagam, não tem jeito para mais.

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  3. É tão verdade. Nas conversas que tenho tido andam sempre em 'loop, isto não é nada, o apito dourado é que foi; crime? Que estás a dizer, qualquer um podia ter escrito aqueles e-mails, onde está a prova? ; e quê, grave foi o apito dourado...

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  4. Caro Rui Monteiro, aconselhá-lo-ia a refazer as definições dos comentários do blog. Bastará subir para o patamar seguinte - comentadores com ID - e nunca mais se verá na necessidade de aturar mentecaptos como o "anónimo das 16:51". Falo por experiência própria: é uma limpeza!... Grande abraço e não perca tempo com... superestúpidos!...

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    1. eu acho que o Rui Monteiro faz bem em deixar os comentários destes simplórios disponíveis. só acho que faltam lá uns heheh e mais maiúsculas...

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  5. A mentira que os vouchers nao deram em nada anda a ser dita pelos lampioes em todos os blogs e programas. A FPF arquivou o processo, mas MP nao. Essas pessoas deviam ficar caladinhas pq se o MP nao arquivou...

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    1. Os vouchers foram arquivados em todo o sítio inclusive na UEFA.
      O MP arquivará como fizerem os outros porque não há absolutamente nada! Foi humilhante e ainda terão de levar com um processo crime de 40M nos tribunais! Boa sorte!

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    2. Processo que também será arquivado, pelo simples facto de que tudo o que se disse sobre os vouchers (que existiam, como funcionavam, etc.) era verdade - simplesmente, mesmo sendo verdade não foi considerado uma infracção das regras existentes à data porque não havia limite firme no valor das prendas que se podiam dar. Agora já há.

      Claro que quando o processo for arquivado já estaremos perante um "arquivamento mau".

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    3. Os vouchers até podem ser arquivados em todos os lugares e mais alguns. O apito dourado também foi e não é por isso que não sabemos e condenamos o que se passou.
      O caso Sócrates muito possivelmente também acaba arquivado e todos sabemos o que se passou.

      Os vouchers nada tinham de grave, mas é um facto que deixaram de ser distribuídos. Pena (não foi mera coincidência) que o foco principal não fosse dirigidos às ofertas aos delegados e observadores.

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  6. Caro Rui, mais um excelente post.
    Apetece-me apenas dizer, que quando a politica se mistura com o futebol ou vice-versa a racionalização nem é meritória nem estúpida, é uma trampa.

    Como é possível um artolas que assina um compromisso superior a 100k euros para pagamento de bruxaria à distancia ter chegado a ministro de portugal?

    Eu até racionalizo e nada terá a ver com futebol ... nem com politica.

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  7. http://leoninamente.blogspot.fr/2017/07/ainda-nao-ensandeci.html

    porque me fez confusão ver o que aqui disse do pas, que tenho por pessoa extremamente desonesta intelectualmente

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