terça-feira, 16 de agosto de 2011

Boladas à parede

Sousa Tavares, n’ “A Bola” admite que o Sporting foi prejudicado. Mas, citando Gerardo Vandrei (“Quem sabe, faz a hora/não espera acontecer”), diz também que não se soube colocar fora do alcance de um erro da arbitragem, contrariamente ao que sempre faz o Porto. Se bem o compreendo, o Porto não esteve com meias-dúvidas e para se pôr fora de um erro de arbitragem tratou de arranjar o Olegário. Aliás, de outra maneira também não se teria colocado fora do alcance de um erro de arbitragem, o que tornaria a comparação do Sousa Tavares inconsistente, o que seria de todo impossível. Citando Schopenhauer, Kant e Hegel, chama-se a isto "falar de barriga cheia".

N’ “A Bola” também, o Cruz dos Santos mantém a fleuma habitual. O erro a favor do Benfica foi sem querer, assim como os dois erros contra o Sporting. A nós não nos passa outra coisa pela cabeça. Nem percebemos, sequer, como ao Cruz dos Santos lhe possa passar pela cabeça que alguém não acredite que os árbitros erram sem querer. Acreditamos todos nisso. Acreditamos também que o Cruz dos Santos é completamente imparcial e isento e não quer fazer de nós parvos.

6 comentários:

  1. Comento pouco ou nada mas passo por aqui frequentemente, e quase sempre sou da mesma opinião, esta é mais uma.

    Por vezes mais influência que os árbitros têm os "opinadores" e então quando, na grande maioria, pertencem a cores diferentes do verde.

    Em Portugal toda a gente gosta de futebol mas muitos são aqueles que vêm os jogos nos jornais, assim sempre têm tema de conversa numa qualquer almoçarada.

    Um abraço e continua.

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  2. Qualquer crónica d'A Bola é efectivamente, uma palhaçada. Isso toda a gente sabe.

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  3. Caro Paulo Reixa,

    O problema da arbitragem não existiria se houvesse uma imprensa equilibrada que analisasse as coisas sem clubite e que denunicasse o que tem que ser denunciado. Mas não. Temos uma imprensa desportiva que mais ninguém tem (três jornais diários) e que precisa de sobreviver. Os jornais generalistas também tem secções importantes desportivas. As televisões e rádios dedicam um tempo completamente absurdo ºá discussão do futebol. Talvez seja por esta excessiva importância que o futebol tem que continuar a ser a palhaçada do costume. Só desta forma se justifica tanta gente e tanto jornalismo a ser pago para falar de futebol.

    SL

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  4. Caro espiritoleonino,

    Só que, sendo assim, deviam oficilamente transformar-se no jornal do Benfica. Mais essa linha editorial devia ser explicitada. A clubite mais desbragada escondida em linhas editoriais em que se presa a independência, é que não.

    SL

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  5. Acredito piamente, no Sousa Tavares, no Cruz dos Santos, no Pai Natal, e nas promessas dos políticos antes das eleições.

    Carlos Serra

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