domingo, 9 de janeiro de 2011

Odontóstomo

A maioria vê os jogos no sofá e fala das arbitragens a partir das repetições nas grandes áreas. Talvez por isso, essa apreciação se reduza a uma contabilidade saloia do deve e haver, sem compreender que existe uma absoluta incompatibilidade entre as regras e os meios para as fiscalizar. Já quem vê o enredo ao vivo dá conta da sistemática desconcórdia entre os auxiliares e o árbitro, da incerteza titubeante do gajo da bandeira que no mesmo instante aponta aos quatro pontos cardiais, do gajo do apito que apita a pedido, da decisão contrária só por implicância, do um-dó-li-tá-quem-está-livre-livre-está-agora-apito-para-aqui-e-depois-para-lá. Perde-se o detalhe dos pequenos factos, mas ganha-se a compreensão de todo o argumento. Só aí se percebe que mesmo a corrupção dificilmente medra em gente tão errática, tão incerta e impreparada. Grande parte dos árbitros portugueses são aquilo a que se convencionou chamar “de merda”. Qualificativo apropriado para tudo aquilo que fede a incompetência. Neste fedor ninguém ganha a Bruno Paixão. Nem me dou ao trabalho de enumerar o rol de imbecilidades que presenteou em todos os jogos da sua carreira. Só me pergunto é a quem serve uma fetidez assim?

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