sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Se é assim que se faça assim

Há pessoas supersticiosas, é um facto. Prefiro estabelecer relações entre factos que se possam demonstrar. Não acredito que se comer um cozido amanhã ao almoço o Sporting vá ganhar ao Guimarães. Acredito mais que o resultado vai decorrer da (in)competência dos jogadores e treinadores. Na vida do dia-a-dia não há bruxos nem bruxarias. Chego a adivinhar com anos de antecedência as asneiras que se vão fazer no trabalho sem que ninguém se lembre de me chamar bruxo. Normalmente chamam-me parvo por não abanar a cabeça ao primeiro imbecil que imagina que tem uma ideia altamente inovadora e que nunca poderia vir de nenhum outro sítio que não fosse do seu cérebro iluminado por umas tantas campanhas a colar cartazes.

No futebol as coisas não se passam assim. Se se acredita em bruxos e bruxarias, não vale a pena falar aos jogadores de simples coincidências ou de expectativas auto-realizáveis. Não sei se o Jorge Jesus acredita em bruxos e bruxarias, mas sabe que no futebol as coisas são assim. Se são assim, então é melhor que se faça assim.

Quando veio do Benfica trouxe o consultor motivacional. O Benfica não se ficou e contratou o Nhaga. Apesar de ter ganhado o Nhaga, a primeira época não correu mal. Na segunda, o consultor motivacional foi-se embora e ainda não arranjámos substituto à altura (pensou-se num primeiro momento que o Octávio Machado pudesse acumular essa função). Não interessa se é um consultor motivacional ou um bruxo, precisamos é de um destes tipos. Se é para apostar forte, o Nhaga dá garantias. Se não estiver disponível, há uma longa lista de consultores motivacionais e de bruxos disponíveis.

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