sexta-feira, 1 de junho de 2018

Oh Captain, my Captain


Ó capitão! Meu capitão! terminou a nossa terrível viagem,
O navio resistiu a todas as tormentas, o prémio que
procurávamos está ganho,
O porto está próximo, ouço os sinos,
toda a gente está exultante,
Enquanto segue com os olhos a firme quilha, o ameaçador e
temerário navio;
Mas, oh coração! coração! coração!
Oh as gotas vermelhas e sangrentas,
Onde no convés o meu capitão jaz,
Tombado, frio e morto.

Ó capitão! meu capitão! ergue-te e ouve os sinos;
Ergue-te – a bandeira agita-se por ti, o cornetim vibra por ti;
Para ti ramos de flores e grinaldas guarnecidas com fitas –
para ti as multidões nas praias,
Chamam por ti, as massas, agitam-se, os seus rostos ansiosos voltam-se;
Aqui capitão! querido pai!
Passo o braço por baixo da tua cabeça!
Não passa de um sonho que, no convés,
Tenhas tombado frio e morto.

O meu capitão não responde, os seus lábios estão pálidos e imóveis,
O meu pai não sente o meu braço, não tem pulso nem vontade,
O navio ancorou são e salvo, a viagem terminou e está concluída,
O navio vitorioso chega da terrível viagem com o objetivo ganho:
Exultai, ó praias, e tocai, ó sinos!
Mas eu com um passo desolado,
Caminho no convés onde jaz o meu capitão,
Tombado, frio e morto


Walt Withman

16 comentários:

  1. «Vamos levantar a cabeça...» Há grandes atletas que são pequenos homens. Que através de algum pretexto só querem ganhar dinheiro e dar dinheiro a ganhar a Mendes! Sinto muita pena daqueles que ainda idolatrizam homens tão pequenos, quando existem homens verdadeiramente grandes escondidos no anonimato. Em Guimarães não há ratos tão imundos!

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    1. Não faço ideia se em Guimarães há ratos ou ratinhos. Sei que os pequenos homens, governados por grandes homens, parecem gigantes. Mas quando governados por ratos, parecem anões.

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    2. Meu caro Helder é notável que ainda consiga ter pena depois de manifestar sinais tão claros de lhe terem confiscado o cérebro.

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  2. É isso amigo. Fiquemos com o Sporting clube do carvakho e sem jogadores. Já vão 3.. só gente que esteve lá 20 anos. Agora vem os estrangeiros que se estão a cagar para o clube.. um homem a sério sabe quando sair..mesmo quando acha que tem razao

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    1. Não há qualquer seriedade na atual direção. Não significa que haja fora dela, mas por agora é esta que nos causa maior dano.

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    2. Não há qualquer seriedade é na sua pessoa!
      O SCP tem uma Direção eleita, e sufragada ainda recentemente, por cerca de 90% dos associados, entre os quais, eu próprio..
      O Meu Caro não gosta do Presidente, olhe paciência!
      "É a vida", com o dizia o outro…!
      Independentemente do Presidente, o que importa é o SCP, e esta vai continuar sempre!
      Os traidores e desertores ficarão sempre de mal com a sua consciência, se é que a têm!
      SPORTING SEMPRE!

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    3. Ah, Leão! Muito bem, a defender a honra da direcção atacando a minha seriedade. Não fosse trágico dava um bom apontamento de humor.
      Quanto aos 90%, recordo-me que JEB também os teve. Aquela direção que disse que o Moutinho era uma maçã podre e foi de patins. Quanto aos 90% desta Direção, informo que também foi com os meus votos. Vota-se primeiro, fiscaliza-se depois e demite-se quando se entende que a gestão não serve. Paciência, é assim que isto funciona.
      Se isto fosse uma questão de gosto, eu preferia bochechas de porto preto em vinho tinto. Mas isto não é uma questão de gosto, mas de competência, ou de falta dela.
      Uma coisa é certa, independentemente dos presidentes, o SCP sempre continuou e sempre continuará. E estou certo que qualquer um de nós fará sempre por isso.

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  3. Todos os jogadores profissionais se estão a "cagar" para os clubes...

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    1. Pois, Mas os clubes profissionais é que não se podem estar a "cagar" para os jogadores.

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    2. Meu caro Helder aprecio o seu esforço para se integrar na narrativa dominante. Mas devia tentar pensar noutra realidade mais inaceitável. Nenhum director de qualquer clube, independentemente de ser ou não assalariado desse clube, se pode estar a "cagar" para os clubes. Basicamente porque tudo aquilo que faz é resultado da delegação de poderes que recebeu dos sócios e do dever de defender o clube, em particular valorizando os seus activos.

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    3. Palermoide Helder, fugiste uns minutos da Criminosa Juve Leo e viéste aqui debitar merda.
      A tua mãe sabe que és um cretino anormal?

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  4. No dia em que um balneario decidir um presidente mais vale entregarmos os nossos cartões de sócios pois não estaremos lá a fazer nada e essa é a unica verdade.

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  5. Não sei se esse dia está perto. O que já chegou foi o dia em que um Presidente conseguiu ter todo um balneário contra si. Nesse dia é bom que usemos os nossos cartões de sócio para não ficarmos sem equipa e sem clube.

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    1. Evidentemente. Muito bem dito. BdC não sabe lidar com jogadores de futebol profissional. E não sabe, porque tem ciúmes e baixa auto-estima. Gostava que a massa associativa o visse a ele como ídolo, e não a Rui Patrício.
      Situação bem diferente das modalidades. Aí os jogadores ganham menos que ele e BdC já convive melhor mentalmente com essa realidade.
      É tirá-lo do Sporting o mais rápido possível!

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  6. Ao ver o Mendes metido no assunto cheira a churrasco, o abutre vem comer o Sporting depois de ter liquidado o FCP, e anda lá pelo Benfica.
    Isto ainda não é trigo limpo, os tribunais podem não lhe dar Razão; entretanto, o Mendes pode ser preso pelas dívidas ao fisco em Espanha.
    SL

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  7. NAU CATRINETA

    Lá vem a Nau Catrineta
    Que tem muito que contar!
    Ouvide agora, senhores,
    Uma história de pasmar.

    Passava mais de ano e dia
    Que iam na volta do mar,
    Já não tinham que comer,
    Já não tinham que manjar.

    Deitaram sola de molho
    Para o outro dia jantar;
    Mas a sola era tão rija,
    Que a não puderam tragar.

    Deitaram sortes à ventura
    Qual se havia de matar;
    Logo foi cair a sorte
    No capitão general.

    – “Sobe, sobe, marujinho,
    Àquele mastro real,
    Vê se vês terras de Espanha,
    As praias de Portugal!”

    – “Não vejo terras de Espanha,
    Nem praias de Portugal;
    Vejo sete espadas nuas
    Que estão para te matar.”

    – “Acima, acima, gageiro,
    Acima ao tope real!
    Olha se enxergas Espanha,
    Areias de Portugal!”

    – “Alvíssaras, capitão,
    Meu capitão general!
    Já vejo terras de Espanha,
    Areias de Portugal!”
    Mais enxergo três meninas,
    Debaixo de um laranjal:
    Uma sentada a coser,
    Outra na roca a fiar,
    A mais formosa de todas
    Está no meio a chorar.”

    – “Todas três são minhas filhas,
    Oh! quem mas dera abraçar!
    A mais formosa de todas
    Contigo a hei-de casar.”
    – “A vossa filha não quero,
    Que vos custou a criar.”

    – “Dar-te-ei tanto dinheiro
    Que o não possas contar.”
    – “Não quero o vosso dinheiro
    Pois vos custou a ganhar.”

    – “Dou-te o meu cavalo branco,
    Que nunca houve outro igual.”
    – “Guardai o vosso cavalo,
    Que vos custou a ensinar.”

    – “Dar-te-ei a Catrineta,
    Para nela navegar.”
    – “Não quero a Nau Catrineta,
    Que a não sei governar.”

    – “Que queres tu, meu gageiro,
    Que alvíssaras te hei-de dar?”
    – “Capitão, quero a tua alma,
    Para comigo a levar!”

    – “Renego de ti, demónio,
    Que me estavas a tentar!
    A minha alma é só de Deus;
    O corpo dou eu ao mar.”

    Tomou-o um anjo nos braços,
    Não no deixou afogar.
    Deu um estouro o demónio,
    Acalmaram vento e mar;

    E à noite a Nau Catrineta
    Estava em terra a varar.

    (Almeida Garrett, Romanceiro)

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