segunda-feira, 13 de março de 2017

A insustentável leveza de Bas Dost

O jogo do último sábado, para além do bom resultado, confirmou algumas coisas que poderiam passar despercebidas aos mais distraídos. Ora vamos lá ver:

Temos o melhor ponta-de-lança da liga, Bas Dost: é o que tem mais golos, marcando de todas as maneiras e feitios, sendo o peso destes no conjunto da equipa de cerca de 46%. Mas isto poderá ter outras leituras (como agora se costuma dizer). A dependência é sempre um pau de dois bicos; por um lado revela falta de alternativa, aliás, não se trata apenas de falta de uma alternativa (credível) directa, mas também de outras alternativas, avançados que possam jogar ao lado de Dost e (também) fazer a diferença. Não imagino o Alan Ruiz como uma alternativa para segundo avançado, tratando-se mais de uma adaptação inventiva de JJ. Se as limitações do plantel são gritantes (e, vá lá, pouco menos que inadmissíveis), a dependência traz outro problema cuja desmama está muito dependente do problema anterior, e se resume em duas questões: E se o Dost se lesiona? E se o Dost é castigado? A segunda questão, com o Sporting oportunamente a 12 pontos, não me parece ser um cavalo de batalha que faça soar o alarme na concorrência. Mas não tenho resposta para a primeira questão, isso não.

Uma outra confirmação não deixa de ser motivo para darmos umas boas gargalhadas ao balcão da tasca: grande parte das contratações não têm a confiança do seu fiador… o treinador, recorrendo-se este, finalmente, da prata da casa, que agora se denomina de formação. E com resultados. Se é para trazer mais turistas e apreciadores de boa comida para Lisboa e Portugal, o melhor é “ir para fora cá dentro”.

Por fim, mas não menos importante, registe-se que as arbitragens finalmente nos deixaram sossegados. O foco agora está noutro lado, prova disso, o recente pedido de uma reunião na liga; prova disso, as visitas ao centro de treinos dos árbitros e estabelecimentos comerciais de seus familiares. Agora os fala-baratos dos árbitros já não somos nós (nem o nosso presidente). Parece que afinal os Calimeros também assumem outras formas de… persuasão. No final da época ainda nos vão mandar à cara o número de pénaltis, entre outras estatísticas que andam agora a cozinhar. Claro que se acautelaram mandando-nos borda fora em tempo útil. Verdade que contribuímos com alguma coisa para o banho, mas lá que ainda somos uns anjinhos, isso somos. 

6 comentários:

  1. Muito bom:)
    E lá que somos uns anjinhos, somos. Ainda por cima passamos a vida interna a recriminarmo-nos quando os outros fazem bem pior.

    E vamos lá ver se para o ano o Dost ainda cá está...

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  2. Respostas
    1. Meu Caro amigo,

      Somos uns anjinhos a ver passar a procissão. Basta observar os comentadeiros para perceber que este mundo não nos dá asas...de borla!

      Abraço

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  3. Concordo em absoluto com o seu texto, caro Gabriel. Principalmente com a última parte referente aos tarefeiros da arbitragem.
    Parabéns.
    Quanto ao futebol jogado também concordo com o Jesus. De facto é muito perigoso jogar com os jovens, eles metem muito entusiasmo, velocidade e imprevisibilidade no jogo. Enfim, dão-nos cabo da estabilidade.
    SL

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    1. Obrigado meu caro,

      A estabilidade está pelas horas da morte hoje em dia.
      vamos lá ver corre a recta final...
      SL

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    2. Obrigado meu caro,

      A estabilidade está pelas horas da morte hoje em dia.
      vamos lá ver corre a recta final...
      SL

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