quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Entre o Labirinto da Saudade e o General no seu Labirinto

Li umas frases soltas de uma entrevista qualquer do Luís Filipe Vieira (LFV). Num determinado momento, LFV afirma que quem se quis ir embora foi o Jorge Jesus. Logo a seguir, LFV afirma também que o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica.

Estas afirmações são profundamente contraditória. Se o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica e a sua Direcção lhe pretendia renovar o contrato, então a Direcção, ao agir desta forma, é que não servia os interesses do Benfica. Se o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica e não aceitou renovar contrato, apesar da intenção contrária da Direcção, então, ao decidir desta forma, servia os interesses do Benfica.

Não sou dado a grandes interpretações psicanalíticas, mas esta contradição parece um acto falhado. São seis anos de contradições. É muito tempo em futebol, uma eternidade. Talvez tenha sido a saudade a falar por portas travessas. Talvez seja a saudade no seu labirinto. Talvez seja o general no seu labirinto.

4 comentários:

  1. "Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados."
    Continuo a insistir levezinho, vais ter de mudar este slogan, porque o porto está a definhar, está a croquetizar-se em contrapartida o Sporting está forte, muito forte, eles andem com medo, muito medo, principalmente os lampiursos.
    SL

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    1. Meu caro,

      O blogue tem uma história. Não podemos esquecê-la, até para não se cometerem os mesmos erros.

      SL

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  2. Bom flash-back de uma obra prima de García Márquez. Mas misturar García Márquez com boifica fica mal. A não ser por o primeiro ser Colombiano e os segundos gostarem do produto da Colômbia. E não me refiro à literatura nem ao café. É branco como a neve.

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    1. Meu caro,

      Tem razão. Considero, aliás, o General no seu Labirinto com uma das obras maiores do Gabriel Garcia Marquez. Misturá-lo com o Benfica é confundir o género humano com o Manuel Germano, como diria o Mário de Carvalho.

      SL

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