O Sporting jogava para o título “Até ao Lavar dos Cestos é Vindima”. Jogou muito bem e goleou o Braga.
Começámos por ser gamados. Um defesa do Braga quis mandar um charuto na bola e acabou a mandar um charuto no Teo. O rapaz que não podia arbitrar um certo jogo porque vendida camisolas do Sporting não marcou o devido penalty. Imagina-se que a venda de camisolas do Braga renda muito mais.
Nesta fase da época, o Teo não é menino para se ficar. Grande jogada do João Mário a desmarcar o Ruiz e este a centrar de primeira para remate indefensável do Teo. Deve ter sido a este Teo que o Jorge Jesus pediu para não se assobiar.
A malta não descansou com o golo. O título estava ali à mão de semear e não se devia perder esta oportunidade. Recuperação de bola do William Carvalho, desmarcação e falta à entrada da área. O rapaz que não vende assim tão bem as camisolas do Sporting expulsa o jogador do Braga. O Bryan Ruiz marca o livre ao ralenti em grande estilo (é por estas que apetece de vez em quando entrar no campo e dar-lhe um par de chapadas). Mas o Ruiz estava em dia sim. Inventa uma jogada pela esquerda, para o Bruno César centrar tenso para a entrada de cabeça do Slimani. O Slimani encosta para o segundo poste e aumenta o valor da transferência.
O jogo acabou. O Sporting tinha ganhado o título. O campeonato do Braga é a taça. A partir daquele momento as duas equipas entediaram-nos de morte. Ficam para memória futura os dois golos do Ruiz, mais uma vez em grande estilo: o primeiro depois de fintar o defesa com o pé esquerdo e rematar com o direito, sem antes fazer a maldade de atirar o guarda-redes ao chão para o lado contrário; o segundo na sequência de uma tabela (improvável) de cabeça com o Schelotto seguida de um remate em vólei com o pé esquerdo. Marcasse ele o fácil da mesma forma que o difícil e hoje a conversa teria sido outra.
No futebol nada é definitivo. Não se ganha sempre e não se perde sempre. A vitória é sempre o prenúncio da derrota e a derrota é sempre o prenúncio da vitória. Quanto mais tardar a vitória mais feliz será. Para o ano há mais: malas, camisolas, sms, bitaites à segunda-feira e, uma vez por outra, futebol com bola e jogadores.
Caro Rui,
ResponderEliminarFicamos a aguardar o futebol com bola. Hoje foram quatro bolas. Apenas três pontos. Quando vamos tirar os pontos? É deixar a ferida cicatrizar...
Abraço
Caro Gabriel,
EliminarA vantagem disto é que a derrota é a mãe de todas as vitórias. Tudo o que arde também cura. Hoje já ninguém se lembra. Já se renovou com o Iuri Medeiros e a festa continua.
Um abraço
"Quanto mais tardar a vitória mais feliz sera"...espero que sejas imensamente feliz daqui a 35 anos...
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarCom a minha idade, esse desejo é o melhor desejo que até agora recebi. A felicidade dos outros é a nossa felicidade.
Para o ano é que é.
ResponderEliminarMeus caros,
EliminarSomos sportinguistas. Sempre assim foi e sempre assim será. Se assim não for, é porque se acabaram os sportinguistas.
SL
Caro Rui,
ResponderEliminarMais uma excelente exibição do Sporting. O Freitas Lobo elabora muito sobre o 4-4-2 do Jesus, mas a verdade é que o Jesus aplicou um fabuloso 4-3-3 naquelas que eram as três deslocações mais complicadas da época. Verdadeiramente notável.
No final do dia é como diz. Para o ano há mais: vitórias, empates e derrotas.
SL
Caro João,
EliminarNão interessa a táctica, interessa como se joga. O Sporting só joga com dois avançados no momento de pressão sobre os adversários quando saem com bola.
Quando tem a bola, o envolvimento interior do Ruiz e do Gelson, abrindo caminho para os laterais, e o recuo do Slimani ou do Teo e as suas deslocações para as laterais garantem-nos sempre superioridade numérica no meio-campo e superioridade numérico onde a bola está.
Isto sou eu a dizer que não percebo nada.
Um abraço