segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Metadona

Fim-de-semana sem campeonato não é fim-de-semana a sério. À falta de bola a sério para chutar, tivemos que nos contentar com a metadona que nos deram.

Deram-nos a selecção nacional num jogo a feijões contra a Rússia. A selecção nacional do Fernando Santos é sempre um mau produto. Em modo jogo-treino, ainda pior. Deram-nos a pior metadona possível para um viciado de bola. É fumar sem inalar. É fazer bolhinhas de vapor de água com patéticos cigarros eléctricos.

Perdemos, mas estivemos para empatar. Ganhar não teria sido possível. Para ganhar é preciso levar a bola até à área do adversário e tentar marcar golo, rematando para a baliza. Nem perto estivemos de marcar um golo para amostra.

Safou-se o Patrício, com duas grandes defesas. Foi bom voltar a ver jogar o Pepe. Os anos passam, mas continua a ser o melhor defesa-central da selecção. O William Carvalho recuperou bolas e passou-as com acerto e asserto, já agora. Gostei do Gonçalo Guedes. Não parece mau. Fica por demonstrar se é bom, embora, para a imprensa indígena, meia dúzia de pontapés na bola em meia dúzia de jogos lhes permita encontrar o que procuram incessantemente: o regresso do Eusébio ou do Rui Costa numa noite de nevoeiro.

2 comentários:

  1. I rest my case!...
    Mas, aguardarei "solidariamente a tal noite de nevoeiro": nunca se devem desfazer os sonhos de alguém!...

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    Respostas
    1. Meu caro,

      Esperemos que o rapaz seja mesmo bom de bola. Não pelo futebol nacional e muito menos pelo Benfica. Simplesmente porque o rapaz anda uma vida a fazer por isso e, porventura, merece.

      Agora, a imprensa está ávida de um craque das escolas do Benfica. Tem sido barrete atrás de barrete.

      SL

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