domingo, 10 de maio de 2015

Para a praia e em força!

Hoje tinha previsto ir à praia. Esqueci-me de propor a aprovação deste programa. Cá em casa trocaram-me as voltas. Não fui à praia, foram, por mim, os jogadores do Sporting e do Estoril (não se trata de um trocadilho com a designação do Estoril). Este jogo contra o Estoril não interessava nem ao Menino Jesus (o autêntico, porque o outro não é menino nenhum).

Se havia dúvidas, os jogadores rapidamente as esclareceram. Tudo muito devagar e a jogar em souplesse. Não há um jogador do Sporting do meio-campo para a frente que resista, depois de receber a bola, a rodopiar sobre ela e a tentar fazer uma tabelinha impossível ou um passe de trivela. Andámos com a bola para trás e para a frente, mas na área não mora ninguém. Sem balizas e com o Montero somos a melhor equipa do Mundo. Não é embirração. É que o rapaz não ataca as bolas de cabeça, limita-se a saltar por dever de ofício. Não ganha um ressalto, nem sequer chega a pressionar os defesas. Mas a culpa não é só dele. Até o Adrien procura encontrar o Zidane que supostamente está dentro dele.

Estávamos neste chove-que-não-molha, quando o Carrillo, para impedir um pontapé de baliza, entrega a bola a um defesa. O Cédric estava mal colocado e um ciclista qualquer do Estoril veio por ali fora e só parou dentro da área. Depois de fazer um disparate qualquer a bola, às três tabelas, acabou nos pés de um avançado que limitou-se a metê.la lá dentro.

Reagimos, continuando a entediar a rapaziada do Estoril. Na segunda parte, continuámos no mesmo tom. Até que, numa carambola também, o Ewerton meteu-a lá dentro. Ainda tivemos mais uma oportunidade, com o guarda-redes a fazer a defesa de uma vida. Podia tê-la guardado para um jogo mais a sério, onde fosse preciso tal feito.

Chega-se ao momento em que é preciso substituir os extremos. Fica-se na dúvida, sai o Mané ou o Carrillo, que estava a ficar maluco de tanto sol lhe bater na moleirinha. O problema não é decidir quem sai. O problema é decidir quem entra. Entra o Capel. Passado um bocado, sai o Adrien e entra o André Martins. É com estas substituições que o treinador nos explica que nunca poderíamos fazer mais do que fizemos durante este campeonato.

Este jogo não tem história nem moral. Fica a sensação que, se o Ewerton tem chegado no princípio da época, talvez outro galo tivesse cantado. Compreende-se a gratidão dos adeptos do Estoril relativamente ao Marco Silva. Quem viu jogar aquela equipa nos últimos anos e quem a vê jogar agora, não tem dúvidas sobre a sua qualidade.

2 comentários:

  1. Sim meu caro Rui Monteiro: rapidamente e em força! Nem que para tal tenhamos de nos apresentar no Jamor com a equipa B!...

    SL

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    1. Meu caro,

      A vontade já não abunda. Até o Carrillo voltou ao modo cabeça tonta. Não há dia nenhum que não se fale na sua transferência.

      SL

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