Ontem, numa das televisões que nos fazem acreditar que a
loucura é um meio de comunicação em voga, um jornalista (?) comentador exultava
com a volta do futebol (a sério?) e dos (sobretudo estes) programas sobre o
dito. Na verdade, como nunca se fala de futebol nesses programas, o enchimento
de chouriços até tem sido possível, através de algumas ligações via Skype ou
zoom. Foi precisamente através de uma dessas plataformas de comunicação que o
debate sobre o sexo dos anjos (ontem) decorreu, com a participação de um ex-jogador
de futebol, que dissertava enquanto se debatia com uma praga de mosquitos, e
uma jornalista mediadora a tentar incendiar a coisa, sem grandes resultados. Estaria
mais gente mas não consegui aguentar a pressão.
O futebol volta (se voltar) porque nesta etapa de desconfinamento ( é assim que se diz?) precisamos de um pouco de circo e de entretenimento para as massas, sem
esquecer a tal “indústria” que carece de uma mãozinha para conseguir pagar as
contas. Os três clubes grandes juntos a uma mesma mesa quer dizer muita coisa.
E futebol sem público é algo a que muitos estão habituados.
Uma mãozinha e parte de um pernil é o que o jornal Record
vai dando a esta direção do Sporting.
Hoje ficamos a conhecer o plano (mais um) Varandas. É uma bola altura para
conhecermos (mais) um plano. Ficamos a saber que se a pandemia fosse o ano
passado teria sido o colapso. Foi o tal ano preparado ao pormenor e cujos
frutos estávamos a colher, absolutamente maravilhados. Ficamos a saber de mais
um relatório interno que arrasa a herança das anteriores direcções (que originalidade!). E ficamos a saber que, não sabendo dos inúmeros imponderáveis, que
podem ou não acontecer, não necessariamente por esta ordem, o plano poderá,
eventualmente, ter de sofrer alterações, ou mesmo ser totalmente reformulado. Ninguém
faz a mais pequena ideia do mundo que vamos encontrar amanhã. Ou depois. Mas é
bom saber que temos (mais) um plano.
(*algures num texto de De Santis, "O Enigma de Paris")
Caro Gabriel Pedro,
ResponderEliminarObrigado! Obrigado fui eu a ler a capa do Record e já lhe digo que é bem "desconfinamento" que se diz por aí. Se foi intencional confesso que não atingi o uso da palavra bola na terceira linha do terceiro parágrafo mas há tanta coisa que eu não atinjo..Ora bolas!
SL
Meu caro,
EliminarNós e que agradecemos a visita.
Tem razão e boas "vistas", retire o "l" para que tudo fique na mesma. Mas lá que se parece com o título da posta, parece, diga lá?
SL
Já agora, Nós "É". Para não voltarmos ao mesmo...
EliminarÉ verdade que se parece o que me fez duvidar da minha cabeça feita em bolanas! O Rui Monteiro talvez se lembre que fui operado à vista mas não foi nesse tempo que confundi o Demiral com outro medicamento. Esta foi com o meu caro Gabriel Pedro.
EliminarSL
Meu caro,
EliminarA nossa genialidade precede-nos. Essa é a razão de termos tão bons e distintos leitores.
SL
este SCP , liderado por este panisgas e aventaleiros , deixa as series de mr.bean a um canto .No entanto , registo uma curiosidade ( ou nao ) .Nunca me lembro de termos apoio de um jornal como o record , agora ( e já la vão umas décadas ). Porque será ????
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarMuitos anos atrás, era o jornal que o meu pai comprava. Agora é apenas um espaço preenchido por folhas, ora em papel, ora digital. De jornalismo, assim como os outros, terá muito pouco.
O resto não se consegue desconfinar de um dia para o outro.
SL
Caro Gabriel,
ResponderEliminarTalvez fosse mais adequado falar de "O Inverno do nosso (des)confinamento", parafraseando John Steinbeck.
Um abraço,
Caro Rui,
EliminarNão me parece nada mal. Mas talvez "Kaputt", de Curzio Malaparte, lhe faça mais justiça.
Uma deixa:
https://anjoinutil.blogspot.com/2020/04/isolamento-xi.html
e um abraço