sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que fazer se quisermos marcar golos

Há cerca de dois anos atrás fui ver o primeiro jogo da época em Alvalade para o campeonato. Jogávamos com o Sporting de Braga. Cheguei cedo e tive a oportunidade de assistir ao aquecimento das equipas. Estava atrás de uma baliza. Num dos exercícios de aquecimento, os jogadores mais avançados da equipa chutavam de primeira a bola cruzada rasteira da lateral para essa baliza.

O Moutinho chutava sempre denunciado, o que permitia que o Patrício as defendesse todas. O Liedson não chutava com muita força mas nunca denunciava o lado para que rematava. Marcava mais do que as defesas que permitia. O Postiga, bem, o Postiga rematava quase sempre com a parte de dentro do pé, em arco e por alto, e ou a bola ia para fora ou o guarda-redes a defendia com facilidade. Entortava-se todo para rematar, denunciando sempre a direcção para onde ia dirigir a bola. Quando chutava com força, a bola ia sempre parar ao “quintal”. Os únicos que rematavam com força e colocação eram o Veloso e o Vukcevic. Praticamente não permitiam uma defesa ao Patrício.

Se dúvidas ainda tivesse, ficaram logo ali esclarecidas. O Postiga não sabe chutar à baliza. Remata denunciado, por alto, sem força, como qualquer um de nós o faz numa peladinha. Quando remata com força não sabe para onde dirige a bola.

Já não jogam no Sporting nem o Moutinho, nem o Veloso, nem o Liedson. Sobram o Postiga e o Vukcevic.

Esta é para ti, ó Couceiro! Não te faças distraído. Mete o Vukcevic mais na zona central do terreno, próximo do ponta-de-lança. É o único que sabe chutar à baliza. É o único que tem um pouco de golo nas botas. É egoísta, dizem. Mas não é exactamente isso que se espera de quem joga na zona central do ataque?...

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