sexta-feira, 20 de maio de 2011

A insustentável leveza dos sportinguistas

Um leitor, a propósito do “post” de ontem, considera que nós, e especialmente eu, somos parecidos com a personagem principal da “Insustentável Leveza do Ser”. Amamos profundamente o Sporting, mas também estamos apaixonados pelo Porto, e esta traição é o nosso pecado original.

Confesso que não sou muito admirador do livro. Um amigo meu, médico como a personagem principal, adorava o livro. Revia-se na personagem. Essa personagem afirmava a dado momento que os homens são de dois tipos no amor. Há os que procuram o seu alter-ego. Os outros procuram em cada um das mulheres algo que os complemente, e todas elas têm esse algo. Por isso, as amam a todas.

O personagem identificava-se com este segundo tipo. O meu amigo, ao identificar-se com essa personagem, encontrou a sustentação para a sua infidelidade permanente e compulsiva.

Mas cada um é como é. Sou dos que procura o seu alter-ego. Na minha vida pessoal sou a encarnação do Porto (escuso de explicar aos portistas o que isso quer dizer). Portanto, não me posso apaixonar por mim mesmo. Resta apaixonar-me pelo meu alter-ego, o Sporting. Talvez os sportinguistas sejam todos assim.

Levando a sério, como o leitor leva, o livro, restam duas alternativas aos portistas. Ou são volúveis e, por essa razão, pouco fiéis. Ou são a encarnação do Sporting na sua vida pessoal e precisam de se apaixonar pelo seu contrário, o Porto. O leitor portista será como?...

3 comentários:

  1. e por falar em amores e em traições aqui fica uma dica...o "nosso" dinossauro autárquico, afirmou hoje em público que o DOMINGOS PACIÊNCIA VAI TREINAR O ATLÉTICO DE MADRID...
    O HOMEM LÁ SABE E, JÁ AGORA, QUE VÃO OS DOIS COM DEUS...OU COM O DIABO, TANTO FAZ!

    A. Trindade

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  2. Eu sou apaixonado pelo Pinto da Costa, e dada a a sua encarnação pelo FC Porto, bem poderia ser um dos nossos pela seguinte razão:

    Pinto da Costa acabou de vender um treinador por 15 milhões, e eu, na condição de accionista do FCP, proponho uma cláusula de rescisão de 150 milhões no contrato do Pinto da Costa, o nosso presidente. Com negócios destes, é bem provável que algum grupo de accionistas de Lisboa, onde se inclui o seu alter-ego, se reúna de urgência e bata a cláusula imediatamente, desejando que os lucros da sua habilidade se transfiram de nós para eles. Já fiz contas, e ao concretizar-se a venda de Pinto da Costa, as acções do FCP valorizam, no mínimo, 100%, o que seria um grande negócio.
    Mas nem tudo são boas notícias. Com a venda de Pinto da Costa, há o risco do “mercado” corrigir em baixa o valor actual das acções do FCP, antecipando uma a queda dos negócios milagrosos que ele tem vindo a fazer a favor do nosso clube. No entanto, dado que ele tem 71 anos, e por isso em fim de carreira, esse risco é muito reduzido. Mas, mais uma vez, nem tudo são boas notícias porque no lado de quem compra, havendo também esta percepção da idade, é bem provável que o negócio não se concretize. Para resolver definitivamente este impasse, aconselho um conjunto de “plásticas à la Berlusconi” para que o nosso presidente "encarne" uma imagem ainda mais jovem e com um largo futuro pela frente. Eu, ele, nós, eles e... elas adorariam a ideia, e seria a paixão perfeita em tempo de crise. E vós ou tu, o que acham?

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  3. Caro anónimo,

    Estava a ver que não reagia à provocação. Mas sinto-lhe nas palavras uma ligeira mágoa. Aquela coisa de se comprar um portista desde pequenino por 15 M€ doi um bocado; compreendo. Nós sabemos o que isso é.

    Começo a achar que o preço do portismo do PC pode não chegar aos 150M€ que fala.

    Um abraço e volte sempre.

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