segunda-feira, 5 de março de 2018

Sem desculpa(s)

Hoje, um amigo meu, portista, jurou-me a pé juntos que o Diogo Dalot nem tocou no Doumbia. Admiti que um adepto só considera que existe “penalty” contra a sua equipa quando o jogador adversário, vítima de qualquer falta, acabe por morrer dentro da área. Admiti também que um adepto considera que existe “penalty” a favor da sua equipa sempre que não se remate com êxito à baliza, bastando para tal a simples intenção dos jogadores adversário se mexerem dentro da área provocando deslocação de ar. Enfim, disse-lhe que os amigos não discutem arbitragens, sob o risco de o deixarem de ser.

O problema não é o que cada um de nós, portistas ou sportinguistas, pensa que aconteceu, mesmo tendo visto a mesma coisa. O problema é o que pensa o árbitro e a coerência desse pensamento durante o jogo e ao longo de vários jogos. Contra o Feirense, o vídeo-árbitro viu, mal, uma falta que supostamente antecedeu o passe para o Doumbia e o respetivo golo, tendo o árbitro validado essa indicação. Contra o Moreirense o quarto árbitro viu uma falta do Petrovic que ninguém viu, incluindo o árbitro, tendo, mesmo assim, validado essa indicação. Contra o Porto, o vídeo-árbitro viu o “penalty” a favor do Sporting, não tendo o árbitro validado essa indicação. Só existe uma coerência possível: os árbitros validam ou não validam as indicações dos seus auxiliares, sejam eles o quarto árbitro ou o vídeo-árbitro, em função das cores das camisolas nos jogos do Sporting.

É por estas e por outras que vou desculpando as sucessivas direções e treinadores do Sporting, não fugindo o Jorge Jesus a esse permanente exercício de contemporização. O Jorge Jesus não nasceu ontem e sabe tudo isto melhor do que qualquer um de nós, mas quase nunca o denuncia, afirmando sempre a sua capacidade para, por si só, levar o Sporting ao título nacional desde que lhe satisfaçam aquelas que ele considera ser as suas necessidades. Por isso, o julgamento sobre o trabalho do Jorge Jesus tem de ser feito nos exatos termos que ele próprio definiu. Três anos depois, não conseguiu o título nacional e só numa época o disputou até ao fim. Ou é ele o culpado ou então é culpado quem não lhe satisfez as necessidades.

(Disse a esse amigo meu que, como passavam a estar em confronto direto exclusivamente com o Benfica, os dados iam ser lançados outra vez. Tinham a experiência do jogo do Dragão, para amostra. Embora sendo um problema deles que nada me diz respeito, disse-lhe que me evitasse nova choradeira quando fossem à Luz ou quando se atravessasse no caminho um Artur Soares Dias qualquer)

8 comentários:

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    1. Meu caro,

      Afinal muda tudo. No futebol português muda tudo à velocidade da luz, em caixa alta e caixa baixa. Afinal o campeonato vai ser disputado entre o Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz e o Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.

      SL

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  2. a leveza do Liedson conheceu-a bem o Carlos Queiroz...DOPING NO SPORTING???!

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    1. Meu caro,

      Se for necessário entra também o Estabelecimento Prisional de Tires no campeonato.

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    2. Tires? eh pá tires é com aquele rapaz que andava na Academia de Tiro de Alcochete e que vocês venderam para Espanha xD

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    3. Meu caro,

      Não conheço mais nenhum estabelecimento prisional, mas se tiver mais algum para meter no campeonato, faça o favor de dizer. Quanto mais equipas melhor.

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  3. Contumil se não tem devia ter...
    com tanto criminoso nessa zona poupava-se na gasolina!

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    1. Meu caro,

      Acho que queria dizer Campanhã que é nome da estação de comboio. Contumil ou Campanhã está bem para mim. Fica combinado.

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