terça-feira, 12 de junho de 2018

Its the end of the world as we know it

#zero cinismo
Permanecerei, enquanto a realidade o permita, em estado de negação. Quero ainda acreditar que até final de agosto a situação se reverta e ninguém acabe por sair. Admito que haja muitas concepções de sportinguismo. Não pretendo sobrepor a minha. Mas o meu sportinguismo é feito de ídolos. De Lopes a Manuel Fernandes, de Livramento a Moniz Pereira, de Theriaga a Carlos Lisboa. De Girão a Patrício. De Miguel Garcia a Andorinho, de Tiui a Naíde, de Yorda a Futre. De Dost a Balakov, de Ruesga a Divanei. Foi com eles que celebrei vitórias e que sofri derrotas. Porque nós, com eles, somos o Sporting. E, é por isso que para mim #zeroidolos é #zerosporting. 

#zero vivos
É muito pouco relevante discutir a justa causa das rescisões quando subitamente rescindem seis jogadores fundamentais e se admite que possam ser nove ou dez. Pela simples razão que o dano está consumado. Indemnização alguma, no futuro, evitará o dano sofrido. Dano financeiro, dano reputacional, dano desportivo, dano simbólico, dano afectivo. Não devemos esconder que estamos perante um desastre brutal, nunca visto no futebol português e apenas com paralelo nos desastres aéreos de Manchester, Torino ou Chapecoense. Só que desses desastres saíram clubes unidos, e deste suicídio presidencial não sai nada, nem ninguém.

#zero verdade
Não, não começou com uma entrevista ao DN de que nem nos lembramos. Não, um hara-kiri não é uma golpada. Não, os superiores interesses do Sporting não estão a ser defendidos. Não, os jogadores não são uns traidores. Não, não é legal a comissão transitória da Mesa da Assembleia Geral do Sporting. Não, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por muito incompetente que seja, não perdeu qualquer legitimidade estatutária. Não, o Tribunal não legitimou Marta Soares. Não, a pseudo-assembleia de dia 17 não é uma Assembleia Geral. Não, a imprensa não é isenta relativamente ao Sporting, nem relativamente a Bruno de Carvalho. Não, não somos todos locos, conluiados e orquestrados.  Não, não é Bruno de Carvalho ou o caos (até porque agora são sinónimos). Não, não queremos croquetes, até porque já os comemos todos. Não, não vale tudo. Não, não é amanhã, o que queremos é eleições, já!

#zero pesadelos
Dá para acordar e ser 13 de maio e mais logo irmos ganhar ao Marítimo?

11 comentários:

  1. Concordo com o teu texto menos com a ideia de que, ganhando ao Marítimo, nada disto teria acontecido. BdC é um carro desgovernado e se não atropelasse a equipa ali, havia de a atropelar por outro motivo qq.

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    1. Aqui chegados é difícil contestar essa ideia. Não há mesmo forma de encontrar um ponto de restauro para este sistema.

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  2. cabe na cabeça de alguém que o clube que tem a maior formação no mundial 2018 ficar de mãos a abanar com a saída de 4 jogadores da formação só porque um bando de rufias, alheios ao clube, fez aquilo? o SCP tem um longo historial de formação de bolas de ouro. acham que a fifa vai permitir que o clube não seja indemnizado? pensem bem

    assédio a jogadores do scp ? jamais...dizem

    quem está por trás disto?
    quem tira proveito disto?

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    1. "só porque um bando de rufias, alheios ao clube"
      Alheios ao clube? Então agora a claque é alheia ao clube? Dava jeito, não era?!

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    2. Não tenho dúvidas da grande dificuldade em provar a justa causa. Mas tenho uma certeza. O valor das indemnizações que nos vão pagar não cobre os custos.

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  3. Ainda que o anónimo das 14.22 tivesse razão no fundamento para uma intervenção da FIFA, o que é indiscutível é o facto de para solicitar a intervenção do orgão máximo do futebol ser necessário alguém com as mãos limpas neste processo catastrófico para a viabilidade do Sporting. Essa pessoa não pode ser Bruno de Carvalho nem nenhum dos seus acólitos.
    Aliás uma prioridade - em qualquer organização em que os interesses dos seus associados estivessem em primeiro lugar - seria substituir imediatamente os loucos que ocupam o poder e nomear alguém com capacidade para reverter a situação. Recuperando alguns dos jogadores em debandada.

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  4. Só não concordo na tese de que não são traidores.

    São e foram maquiavélicos.

    Para mim estão ao nivel do presidente. Baixo, reles, nojento.
    Não perdoo.

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  5. Caro Sérgio,

    Muito de acordo consigo. O futebol é feito de ídolos, e os ídolos são feitos de pessoas. Também não me interessa se os jogadores têm ou não razões legais para rescindirem. O que estou neste momento é desiludido pelo facto dos meus ídolos, aqueles que defendi de ataques externos, com quem vibrei em vitórias e chorei em derrotas terem deixado o seu lado ´humano' ceder à promessa de mais uns Euros na conta e aproveitarem este momento mau para deixarem os Sportinguistas.

    SL

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    1. Caro João,
      Ainda estou em negação. Quero acreditar que há nas demissões várias situações. Numas há oportunismo, noutras há uma compreensível desorientação que os torna vulneráveis a empresários, noutras há uma dose de parvoíce enorme. Neste último caso está o Podence.
      SL

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