segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Num cinema perto de si

O ano passado no rescaldo da derrota com o Benfica em casa escrevi: Levamos muito a sério o falhar,falhar muito, falhar melhor. Se isto era verdade no ano anterior, neste, sem o Slimani e sem a imprevisibilidade do Teo, levámos a nossa máxima ao sopé (pelo menos) do Olimpo. 

Fosse apenas isso e ainda vá. Habituados estávamos. Mas outro pormenor se eleva perigosamente à categoria de máxima: sofrer, sofrer sempre, sofrer golos. Não bastava o sofrimento geral que nos engrandecia a alma sportinguista, eis que o sofrer se tonifica de novas nuances, personificando-se em sucessivos jogos a sofrer golos. De facto, quase todos os jogos contra equipas de algum nível (tenho algumas dificuldades em lá incluir o Tondela, perdão, o Benfica, mas vá la), coincidem na particularidade de encaixarmos golos na nossa baliza, muitas vezes de forma consentida, ou, se quiserem, distraída, pouco concentrada, inábil, infantil. Se calhar faltam aí os tais mais 10% por cento de foco que sobram, supostamente, de outras partidas.

Se a tudo isto juntarmos o trabalho sempre distraído, cegueta ou menos concentrado das equipas de arbitragem, e uma estratégia de mercado (salva-se o Bas Dost e ponto final) calamitosa, para não dizer inexistente, e temos argumento para um Armagedão com o Robert de Niro a fazer de Jesus e o Leonardo Di Caprio como o tristonho Bryan Ruiz. O saudoso Philip Seymour Hoffman seria o mais indicado para fazer de Bruno de Carvalho; como tal não é possível, as negociações continuam.

Não é necessário ser um cinéfilo atento para saber como acabam quase todas as películas de Hollywood: bem. Muito bem, mas apenas para os bons da fita. Resta saber agora quem são, afinal, os bons da fita desta história. E, já agora, quem são os figurantes. Não seremos nós?

8 comentários:

  1. Caro amigo, é isso mesmo!
    os pontos fundamentais do Sporting deste ano: falta de eficácia, mesmo em jogos pequenos, temos vários exemplos disso mesmo; sofrer golos em quase todos os jogos, mesmo estando em vantagem; as contratações falhadas ou, como dizes, inexistentes, e a cereja do costume: a arbitragem.

    Ontem o Pizzi faz penalti duas vezes no mesmo lance e em sequência é golo. Vê-se bem aqui:
    http://oartistadodia.blogspot.pt/2016/12/futebol-voleibol.html

    diria que é o filme do costume!

    Abraço

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    1. Meu Caro,

      Certamente que já vimos esta fita com outros protagonistas. Mas parece-me que os figurantes continuam os mesmos:)

      Abraço!

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  2. calimeros do caralho ja estao quase no vosso lugar 7 puta que os pariu

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    1. Vai tu para a puta que te pariu,filho de uma grande puta!

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    2. Meus caros,

      Aprecio que comentem, mas as boas maneiras são uma mais valia imprescindível neste espaço.

      Descontraiam, vão ao cinema, por exemplo...

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  3. Muito bom:) e certo, mas não podemos esquecer alguns erros crassos do JJ não apenas nas competições e na comunicação como durante os jogos. O caso da substituição do Bas Dost este domingo é um bom ex disso.

    SL

    Leão de leiria

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  4. Meu Caro,

    Esta última não parece um pouco estranhas. Mas talvez seja necessário ligar uma má estratégia de mercado com as possíveis opções durante um jogo. E quem será responsável?

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  5. Correção: Esta última substituição parece um pouco estranha.

    Sl

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